quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ponto de vista: velho problema, recente solução.


     Estou percebendo que nessa nova fase afetiva não posso agir como antes. Dar valor, lembrar detalhes, recordações.. qualquer ação póstuma deve ser combatida. Não semear parece ser a saída.
     Nesse patamar o sentimento só existe enquanto o suor ainda é fresco e enquanto as pernas ainda doem de tanto dançar. O tato, o gosto, o cheiro não devem ser recordados, caso contrario a ideia central da coisa, a ideologia se desfaz: não se apegar. É difícil.. pois eu sei que deveria ter feito isso durante toda minha vida de solteira. Mas não fiz. Vai ver por isso é que ela sempre deu errado. Vai ver é isso que eu deveria ter sabido sempre: apegar-se faz mal.
     Não de todo, claro. Mas apegar-se a qualquer um. Sempre foi uma mania minha.. mas percebo agora que isso não é nem nunca foi recíproco (graças! Imagina se todos se apaixonassem por minha pessoa? Deus me livre). Eu sempre sonhava que ele sim iria cair de amores por mim. Que com um beijo ele acordaria no dia seguinte e lembraria de mim como algo que ele gostaria que fosso constante. Muito improvável. Isso já aconteceu uma vez... mas nossa constante encontrou um precipício e se jogou de lá. E duvido que esse tipo de pensamento póstumo acontecerá novamente da parte oposta. E estou lutando agora para que não ocorra de minha parte também.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Paralelismo: Vidro e Baunilha

Para a minha nostálgica infância

Ponto de vista: Vidro e Baunilha


     Eu era uma criança de olhos distantes. Sempre ingênua demais. Todos os sonhos de vidro e baunilha eu tinha. Distraída demais com meus amigos imaginários para perceber que não tinha amigos, e nunca entendi por que não gostavam de mim. Tentava ignorar e continuar sonhando com um balanço enfeitado com flores silvestres, um príncipe de branco, um castelo e algodão-doce para o jantar.
     Mas um dia percebi que isso não tornava as coisas mais fáceis. Aos poucos minha pureza branca e rosa deu lugar a cores vorazes da convivência em grupo. Conheci o temor, a raiva, decepção. Tive que crescer e a carapaça que eu não tinha antes devido a preservação do meu estado límpido de nascença foi engrossando e tornando-se em couro furta-cor.
     Assim fica mais fácil de se proteger, e ainda minhas cores tornam-me diferente na multidão, sinalizando a quem interessar que eu não sou como os outros. 

Uma imagem vale mais ...


Ponto de vista


Tivemos bons momentos. Essa frase é tão broxante ... Em apenas três palavras é possível perceber que éramos felizes, unidos, para sempre, e acabamos. Eu sei que eu não deveria estar sentindo isso, mas ainda morro de ciúme de você. Eu sei que você deve estar pegando várias mulheres, mas de certa forma não é isso que me abala. Uma aleatória tanto faz. É só um corpo a mais. Mas só de pensar em você com alguém que eu já tenha ouvido o nome saindo dos teus lábios eu ardo em ciúme. Talvez seja a possibilidade de você ser feliz com outra.. e isso me assusta. Será que eu posso ser assim tão egoísta? Eu quero a sua felicidade sim, talvez só não esteja pronta para encará-la de frente já que eu não estou dentro dela.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

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Uma imagem vale mais ..

..que mil palavras. Essas podem confundir, travar na boca, estar em outra língua ou sobre as más línguas. Mas uma imagem impacta, enaltece e esclarece em menos de um segundo. 


Paralelismo

Esse é uma parte do blog onde eu farei postagens com trechos e /ou comentários sobre músicas ou textos. É incrível como eu sempre acho algo que tem exatamente a ver com uma situação que eu estou vivendo, eu algo que tem super a ver com meus sentimentos. E o trecho de hoje é da minha diva Amy Winehouse:

It's okay in the day I'm staying busy
Tied up enough so I don't have to wonder where is he
Got so sick of crying

(...)
He gets fierce in my dreams
Seizing my guts
He floats me with dread
Soaked to the soul
He swims in my eyes by the bed
Pour myself over him
Moon spilling in
And I wake up alone 


Equilíbrio


     Agora vou voltar a fazer algo que ao fazia há tempos: escrever. Com essa loucura e tensão sobre o vestibular, aulas extras, livros para ler, apostilar enormes para resolver, tem sobrado pouco tempo para mim mesma. Para ler meus livros e blogs, desenhar, pintar, tocar piano ou vilão, dançar balé e até mesmo escrever.
     No entanto, fatos recentes me obrigam a ter um meio para exprimir meus sentimentos, uma válvula de escape. Assim, depois de meses, finalmente darei vida a esse blog. Aqui unirei o útil ao agradável : minhas paixões (arte de modo geral) e minha necessidade (extravasar esses sentimentos que me sufocam).
     Agora farei uso dessa minha nova ferramenta para tentar reequilibrar a minha vida. Esse será meus instrumento de equilíbrio para me manter em pé nessa corda bamba em que está a minha vida. Com meus dedos suando, eu avanço um passo de cada vez.