domingo, 30 de dezembro de 2012

Esperança

...carinho demais. Atrevo-me até a fantasiar alegrias banhadas de sol à vossa companhia. O arrependimento pelos meus devaneios em demasio é provável. Graças a ele não entrego meus sentimentos por completo. Ainda sim faço preces silenciosas para que essa taquicardia e essas borboletas no meu estômago me guiem para a felicidade que tanto almejo. 

sábado, 27 de outubro de 2012

Epifania

Sua presença não mais me aquece. Isso não é lá uma novidade. A boa nova é que sua memória não mais jaz em mim. É claro que lembranças existem, e recordo de você ao me deparar com casais felizes. Mas aquela reminiscência tua, aquele rastro, já foi levado pelo vento. As migalhas de pão que você espalhou até mim já se foram e o teu caminho de volta se foi.
Esse novo mundo que está a minha frente me apetece muito, como uma Casa de Doces. Sei que lá pode haver coisas perigosas, mas não se preocupe, eu sei lidar com qualquer bruxa.
Infelizmente, você parece não ter percebido ainda que nossos caminhos mão se cruzam mais. Você insiste e insiste e insiste. Aparece e reaparece na minha frente, de surpresa. Parece simplesmente brotar do chão. Na primeira vez que (re)vi seus olhos confesso que fiquei abalada. Não acreditei que fosse verdade e desperdicei lágrimas contigo. Agora a coisa é outra. como em um insight, uma epifania, eu sei o que eu quero. E não é você. E, pra falar a verdade, você está atrapalhando o meu caminho para minha casa adocicada. Não percebe que você não é um convidado?

Paralelismo: Stolen heart

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Stolen heart


Minha cabeça está em ordem. Em contrapartida meu coração parece devastado. A dor no peito é intensa, insuportável. Não sei se é como se ele estivesse perdido ou simplesmente não existisse mais. Como se tivesse sindo roubado.
O aperto no coração faz pressão nos olhos e os sinto umedecer. Me agarro a memórias boas. Mas... na verdade boas lembranças não há. Apenas fatos aleatórios que meu coração encheu de emoção (o que desobedecia às ordens do meu sistema nervoso central).
Tento me controlar, mas esse incomodo no peito é extremamente insuportável, a ponto de me enfraquecer os músculos. A vontade de chorar é forte, mas tenho que manter-me em pé, forte, dura, como eu decidi ficar. É a única forma de não ser derrubada por esse vendaval que me assola.

domingo, 21 de outubro de 2012

Visagem?



Eu estava lá. Linda e serelepe. De repente olhei para a minha direita e você estava. Fiquei atônita quando vi seu rosto, achei que fosse, sei lá, visagem. Mas tão próximo a mim... Não sabia o que fazer. Apenas olhei você, olhei o lado direito do seu rosto de pele morena e barba levemente crescida. Você olhava para meus amigos (que sei ser seus também).
Aí olhou pra mim. Um grande sorriso no rosto. Não sabia decifrar você: estava realmente contente por me ver ou apenas forçando um contato.
Agora me lembro de algo que me disse uma vez, sobre sua época de solteiro: sempre que quer chamar a atenção de uma garota vá primeiro falar com a amiga dela. “Sempre funciona”, disse-me. Pois o sempre sempre acaba. Mas foi uma boa tentativa para me dar tempo de fechar a boca escancarada de espanto.
Aí veio conversar comigo. Naquela hora percebi que ainda estava ouvindo música em meus fones de ouvido. Pausei a música para ouvi-lo melhor. Aos poucos as pessoas foram se afastando. Estava óbvio que ele queria falar só comigo. Parecia bem. Sorria muito e estava muito interessado na minha vida. Queria saber o que eu andava fazendo, das minhas novidades, meninos que eu tinha ficado.Essa última pergunta achei estranha, lembro-me claramente que havia me pedido para não contar nada sobre outros caras, que você ao suportaria me imaginar com outros. Respondi com sinceridade , algo que se tornou quase cortante em minha personalidade depois do término.
Perguntei sobre ele também. Sei que se mudou, mora com um amigo em um bairro agradável do Rio, está no meio de uma tatuagem, fazendo publicidade (seu grande sonho) e está esperando o resultado da prova de transferência para a UFRJ.
Alguns minutos depois meu amigo veio me chamar para almoçar, que insistiu tanto que você nos acompanhou até a lanchonete. E não sei se isso de imediato me agradou ou não. Enfim, ele estava ao meu lado. Ao atravessar a rua me disse “cuidado” e me conduziu levemente pela cintura. Há muito não sentia mãos confiantes em mim. A sensação de imediato era boa, mas ao pensar sobre o ato novamente não sabia minha opinião sobre.
Subimos a passarela para atravessar a linha do trem. Lá em cima você disse que iria de trem e eu agradeci a Deus por poder ter tempo pra pensar depois que descesse aquelas rampas. Foi lá, com sua voz levemente rouca que disse que havia tido seu tempo, e que estava pronto. Aquilo era mais que o suficiente para eu compreender que estava esperando para ter o quarto dedo da mão direita ocupado novamente. Eu disse que conversaríamos. Com mais um sorriso me despedi. Naquela hora ouvi tocar More than words – Extreme na estação da Supervia. Aquilo era golpe baixo. Fui andando e você me chamou, com um sorriso nostálgico perguntou “ você tem dinheiro pro lanche?” Me lembrei de quando pagava meu almoço, sob papel do ótimo namorado. Eu ri sinceramente e disse que sim. Gostei de me sentir independente, demais.
Desci a rampa e fui comer, com meu amigo e outra colega que nos encontrou no caminho. Almoçamos e batemos papo. Queria mesmo era parar pra digerir o que estava acontecendo, e não o meu baratíssimo de frango. Quando fomos embora e me separei deles fiquei aliviada. Peguei meu telefone e pus na música que estava tocando antes de pausar. Era Sweet nothing – Florence and the machine. Aquela música fez crescer algo, uma necessidade de... correr. Saí subindo a rampa da passarela a toda velocidade. Aquilo me fez muito bem. Eu só não sabia se corria pra você ou de você, mas correr foi-me ótimo.
Quando cheguei na escola estava cansada, afobada. Depois de um tempo acabei indo ao banheiro com umas amigas. Contei a elas, que estavam convencidas de que nós voltaríamos. Disse que tinha que pensar seriamente. Antes do que eu pensava a resposta me veio como um baque:Não, não quero isso agora. Em três meses eu mudei muito, não era mais a mesma, estava aprendendo a viver sem alguém do meu lado, e estava gostando. Estava doendo bastante, mas como crescer dói os ossos, mudar dói o coração. E é melhor do que ficar estagnada, do mesmo tamanho.
O horário da aula chegou e elas se foram. Fiquei lá. E chorei.
Chorei não sei bem por que. Sentia que se não ficasse com você agora não poderia ficar mais. E aquele medo de ficar sozinha me veio. Era muito ruim.. Um vazio profundo. Mas não me permiti passar por isso. Eu não tinha mais medo disso. E eu decidi. Eu não queria voltar. Não agora. Talvez um dia... Mas não hoje. Preciso aprender a ficar só, e eu gosto de aprender.  E foi assim. Eu decidi que rumo tomar. A decisão foi forte e a senti tomar conta de mim, me preencher. Segurança.. É assim que é? Acho que irei descobrir. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Acinturando ideias, descolorindo dores.


Estou pondo em prática um desejo há tempos ardente em mim. As mudanças estão acontecendo, lenta, mas perceptivelmente. Ganhei alguns quilos, perdi algumas madeixas, mudei de estilo, acinturei as idéias e descolori a dor. Com as novas cordas para o antigo violão pretendo enforcar sofrimentos inúteis e embalar festas e sorrisos. Comer melhor e encarar minhas gorduras e dizer “tudo bem , eu aceito vocês” e utilizar os meus “defeitos” a meu favor.
Ouvindo as músicas que eu quero ouvir, não mais as que me perseguiam. Mas aqui não quero nenhuma relação com o passado, nem comparativa, então deixemos isso de lado. Vamos as minhas conclusões: Se posso ouvir de Cartola à Interpol, passando por Mutantes, Florence and the Machine, Ella Fitzgerald e Nirvana, por que não fazê-lo? Se eu posso pintar meus lábios, vamos brincar de colorir! Mudar o cabelo até achar o corte que me deixa mais feliz.  Experimentar todos os doces da loja e ainda ir pra cozinha criar novos sabores.
Quero olhar tudo de todos os ângulos possíveis, tomar minhas conclusões e só externar o que eu quiser pôr para fora, criando compromissos principalmente com mim mesma.  Testar todos os estilos, fazer o que eu quiser. Assim moldar o futuro eu. Mas isso é feito com o tempo, agora quero é balançar ao som da mudança, com sopros de vida nova.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Luto e ano novo

     Logo depois do acontecido, eu dei uma geral na casa. Enquanto as lágrimas ainda estavam úmidas eu passei o braço nas prateleiras derrubando quase tudo dentro de um saco preto (comemorando o luto). Na minha cabeça o teria um trabalho enorme.. eram tantas coisas que você havia deixado pra trás. Parecia que você estava incrustado nas paredes e objetos, me obrigando a detetizar a casa toda. Afinal de contas, eram muitas lembranças.
     Acabou que menos de um saco grande foi o suficiente. Aquilo me sobressaltou, sempre achei que você tivesse me presenteando mais. Talvez fosse só enganação..agora que meus olhos se encontram secos eu enxergo bem que na verdade a maior parte da nossa realidade eram promessas para o futuro, poucas atitudes (esse sempre foi o seu problema). 
     Eu sentia que guardava as lembranças numa caixa embaixo da minha cama, um lugar que era acessível demais, perto demais, muito "esbarrável". Na verdade está tudo no saco no sótão , no terceiro andar, junto com coisas velhas. E o que percebi é que plástico não segura a lembrança. É como guardar comida recém cozida: você não vê mas o cheiro ainda está lá. Eu sentia tua presença.. mas, assim como o cheiro, aos poucos ela desaparece. 
     E o que eu sempre achei algo tão mundado, agora mostra-se como uma boa escolha minha. Guardar a comida me fez ter fome de outras coisas.. e o cheiro já está a se esvair.
Ao ir ao sótão hoje, vi o saco.. mas não senti mais luto.. agora o preto parecia mais um luxo de ano novo... um agradável bilhete de recomeço, um incentivo. Para agora sorrir os olhos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ponto de vista: velho problema, recente solução.


     Estou percebendo que nessa nova fase afetiva não posso agir como antes. Dar valor, lembrar detalhes, recordações.. qualquer ação póstuma deve ser combatida. Não semear parece ser a saída.
     Nesse patamar o sentimento só existe enquanto o suor ainda é fresco e enquanto as pernas ainda doem de tanto dançar. O tato, o gosto, o cheiro não devem ser recordados, caso contrario a ideia central da coisa, a ideologia se desfaz: não se apegar. É difícil.. pois eu sei que deveria ter feito isso durante toda minha vida de solteira. Mas não fiz. Vai ver por isso é que ela sempre deu errado. Vai ver é isso que eu deveria ter sabido sempre: apegar-se faz mal.
     Não de todo, claro. Mas apegar-se a qualquer um. Sempre foi uma mania minha.. mas percebo agora que isso não é nem nunca foi recíproco (graças! Imagina se todos se apaixonassem por minha pessoa? Deus me livre). Eu sempre sonhava que ele sim iria cair de amores por mim. Que com um beijo ele acordaria no dia seguinte e lembraria de mim como algo que ele gostaria que fosso constante. Muito improvável. Isso já aconteceu uma vez... mas nossa constante encontrou um precipício e se jogou de lá. E duvido que esse tipo de pensamento póstumo acontecerá novamente da parte oposta. E estou lutando agora para que não ocorra de minha parte também.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Paralelismo: Vidro e Baunilha

Para a minha nostálgica infância

Ponto de vista: Vidro e Baunilha


     Eu era uma criança de olhos distantes. Sempre ingênua demais. Todos os sonhos de vidro e baunilha eu tinha. Distraída demais com meus amigos imaginários para perceber que não tinha amigos, e nunca entendi por que não gostavam de mim. Tentava ignorar e continuar sonhando com um balanço enfeitado com flores silvestres, um príncipe de branco, um castelo e algodão-doce para o jantar.
     Mas um dia percebi que isso não tornava as coisas mais fáceis. Aos poucos minha pureza branca e rosa deu lugar a cores vorazes da convivência em grupo. Conheci o temor, a raiva, decepção. Tive que crescer e a carapaça que eu não tinha antes devido a preservação do meu estado límpido de nascença foi engrossando e tornando-se em couro furta-cor.
     Assim fica mais fácil de se proteger, e ainda minhas cores tornam-me diferente na multidão, sinalizando a quem interessar que eu não sou como os outros. 

Uma imagem vale mais ...


Ponto de vista


Tivemos bons momentos. Essa frase é tão broxante ... Em apenas três palavras é possível perceber que éramos felizes, unidos, para sempre, e acabamos. Eu sei que eu não deveria estar sentindo isso, mas ainda morro de ciúme de você. Eu sei que você deve estar pegando várias mulheres, mas de certa forma não é isso que me abala. Uma aleatória tanto faz. É só um corpo a mais. Mas só de pensar em você com alguém que eu já tenha ouvido o nome saindo dos teus lábios eu ardo em ciúme. Talvez seja a possibilidade de você ser feliz com outra.. e isso me assusta. Será que eu posso ser assim tão egoísta? Eu quero a sua felicidade sim, talvez só não esteja pronta para encará-la de frente já que eu não estou dentro dela.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Print


Uma imagem vale mais ..

..que mil palavras. Essas podem confundir, travar na boca, estar em outra língua ou sobre as más línguas. Mas uma imagem impacta, enaltece e esclarece em menos de um segundo. 


Paralelismo

Esse é uma parte do blog onde eu farei postagens com trechos e /ou comentários sobre músicas ou textos. É incrível como eu sempre acho algo que tem exatamente a ver com uma situação que eu estou vivendo, eu algo que tem super a ver com meus sentimentos. E o trecho de hoje é da minha diva Amy Winehouse:

It's okay in the day I'm staying busy
Tied up enough so I don't have to wonder where is he
Got so sick of crying

(...)
He gets fierce in my dreams
Seizing my guts
He floats me with dread
Soaked to the soul
He swims in my eyes by the bed
Pour myself over him
Moon spilling in
And I wake up alone 


Equilíbrio


     Agora vou voltar a fazer algo que ao fazia há tempos: escrever. Com essa loucura e tensão sobre o vestibular, aulas extras, livros para ler, apostilar enormes para resolver, tem sobrado pouco tempo para mim mesma. Para ler meus livros e blogs, desenhar, pintar, tocar piano ou vilão, dançar balé e até mesmo escrever.
     No entanto, fatos recentes me obrigam a ter um meio para exprimir meus sentimentos, uma válvula de escape. Assim, depois de meses, finalmente darei vida a esse blog. Aqui unirei o útil ao agradável : minhas paixões (arte de modo geral) e minha necessidade (extravasar esses sentimentos que me sufocam).
     Agora farei uso dessa minha nova ferramenta para tentar reequilibrar a minha vida. Esse será meus instrumento de equilíbrio para me manter em pé nessa corda bamba em que está a minha vida. Com meus dedos suando, eu avanço um passo de cada vez.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cama, mesa e banho

Esse é o primeiro post de verdade do blog (EBAAAAAAAA  \õ/ ) e será sobre decoração. Muita gente tem dificuldade de decorar o quarto , geralmente por falta de ideias.. aqui vão umas fotos de quartos bem legais :

  • Com luzinhas: elas dão um charme todo especial ao ambiente e uma sensação de conforto ótima! Fora de época (longe do natal) elas ficam baratinhas e dá pra encontrá-las nesse época no centro da cidade, tanto RJ quanto SP e outras muitas capitais! tem de várias formas e sequencias de cores.


Há um modelo EXCEPCIONALMENTE LINDO que eu achei no Saara aqui no Rio e descobri que a loja Imaginarium vende uma igualzinha, só que menor: linda, não ? Para os interessados: 
 Na Imaginarium é bem carinho.. no Saara achei por 200 e pouco (ainda sim não é barato, mas a facada no bolso é menor!)






  • Para Viciadas em livros: Nos sempre queremos que os nossos queridinhos fiquem à mostra e à mão, não é? prateleiras desse tipo na parede são uma ótima opção! Você pode comprar em lojas como Tock Stock ou mandar fazer (mais barato!)















  • Dossel: Fala sério, esse já foi seu sonho! rs Presente no imaginário de qualquer garota, o dossel ainda faz a cabeça de muitas ( inclusive da minha) .





















  • Criativos: Esses pertencem às meninas que tem o mundo na cabeça o os materiais certos nas mãos. Sempre com características incríveis e detalhes inimagináveis  para  a maioria das pessoas.













Esse último é o meu quarto gente !! :D
E então, gostaram do primeiro post do blog?


Você é o que você ________ .

Come, vê, concorda, discorda, assiste, veste, pensa, opina e escreve. Tudo o que está ao seu redor te influencia, você pode apenas alterar o grau de intensidade. Este blog existe para inspirá-los para vida e entrar em contato com coisas não necessariamente úteis, mas, pelo menos divertidas, o que, para mim, já é o suficiente :) Sendo assim, abro minha mente e coração para vocês, sujeitando-me à vossas críticas para opinar sobre esse mundo e me estabelecer como ser pensante. Aqui fiquem a vontade e sejam felizes, pois a vida é muito curta para lamentações. Veja coisas bonitas. Faça o que te deixa feliz. A vida é um salto livre, como voar de asa delta, de bungee jump, é um tirolesa, então se jogue com estilo ! Mas não esqueçam, equilíbrio é tudo, nem que seja para não cair do salto . Carpe Diem .